quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Com preços elevados, álcool torna-se inviável.


 No final de 2008, os efeitos da crise mundial provocada pelos americanos, pressionou fortemente o setor sucroalcooleiro, que apresentava fadiga de reservas e baixa renumeração do açúcar e do etanol. A crise, que a priori seria o algoz do setor, tornou-se a grande alavanca, pois o governo temendo o desequilíbrio da economia brasileira abriu o cofre e disponibilizou recursos para diversos setores da economia. O governo fez o que tinha que ser feito, e solicitou o compromisso das indústrias a manutenção dos empregos.


O resultado foi muito bom, o Brasil superou a crise, e propiciou ao setor sucroalcooleiro uma arrancada espetacular, pois a venda de carros “Flex” quebrou todos os recordes da indústria automotiva, propiciando um aumento vigoroso no consumo do etanol.


 O açúcar que sofria com a baixa renumeração, repentinamente disparou o preço no mercado internacional, levando uma forte demanda para a produção, e como conseqüência a diminuição na produção do etanol, provocando o desabastecimento interno, elevando de forma desordenada os preços do etanol para o consumidor brasileiro, que acreditou e trocou seu carro usado pelos modelos “Flex”; e hoje paga o mico, vendo-se obrigado a abastecer com gasolina.


Com um mercado desordenado, os problemas se multiplicam, e os efeitos serão danosos para todos, obrigando o governo a intervir.
Governo estuda reduzir a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômica (Cide) sobre combustíveis (gasolina)

Fonte: ultimosegundo.ig



Com a diminuição de 25% para 20% do porcentual obrigatório de adição de etanol, como foi anunciado na segunda-feira, a gasolina pode subir de 2% a 2,5% nas bombas, segundo cálculos de técnicos do governo. Especialistas na iniciativa privada preveem aumento de até 5%. Por isso, com a intenção de manter estável o preço para os consumidores, a Petrobras pediu à área técnica do Ministério da Fazenda a redução da Cide.



Mas, como o orçamento do governo está apertado por causa das desonerações tributárias renovadas no fim do ano passado, a medida tem pela frente um entrave de natureza fiscal: a perda de arrecadação.




O governo tem tempo suficiente para tomar uma decisão porque a redução da mistura de etanol à gasolina só entra em vigor em 1º de fevereiro. A alíquota da Cide é um valor fixo em reais que incide sobre os combustíveis. Atualmente, é de R$ 0,23 por litro de gasolina e R$ 0,07 por litro de óleo diesel 


(Leia a notícia completa).

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